Vereadores de Americana querem votar projeto que aumenta o salário deles em mais de R$ 4 mil

ELES DEIXARAM ESSE PROJETO POLÊMICO PARA A ÚLTIMA SESSÃO DO ANO, QUE ACONTECERÁ NESTA TERÇA-FEIRA 14H.

Com muita dificuldade, o Jornal de Americana tem realizado uma “garimpagem” em busca de informações, mas infelizmente, alguns vereadores de Americana têm feito um esforço para impedir que a população tenha acesso ao projeto com antecedência, descaracterizando o artigo 143 do regimento interno, que dispõe sobre regime de urgência.

À nossa equipe, apenas os vereadores Vagner Malheiros, Gualter, Nathália, Daniel e Otto se comprometeram em votar contra, outros quatro estão indecisos. São necessários 10 dos 19 para derrubar essa proposta.

Ontem, por volta das 09h50 da manhã, o Presidente Thiago Brochi, convidou os vereadores para uma reunião “secreta” nos fundos do plenário e impediu a presença dos assessores, da população e da imprensa. Questionado sobre o assunto, ele disse que era particular.

As vozes vazaram e pudemos ouvir parte da discussão que tratava sobre assinaturas para o projeto entrar em votação. Houveram relatos de que os vereadores que fossem votar contra, deveriam votar sem falar, para prejudicar menos aqueles que forem a favor, já que os contrários também seriam beneficiados.

Também foi discutido sobre um “churrasco” na casa de um vereador durante o final de semana, para fechar a questão. Além disso, entre aqueles que temem não serem reeleitos, foi levantada a hipótese de se convocar o suplente e articular diretamente com ele.

Seriam 41% de reajuste. Uma elevação de R$ 10,3 para R$ 14,5 mil por mês. Eles também querem aproveitar para criar o 13º e férias remuneradas, aumentando em R$ 100 mil o que os moradores terão que pagar todos os meses para eles próprios. O Jornal de Americana divulgará o que daria para fazer para a população com esse recurso.

Os incisos V e VI do artigo 29 da Constituição esclarece a diferença de subsídio e salário. Por muitos anos, os vereadores de Americana sequer recebiam. Eles eram escolhidos por uma parcela da população e trabalhavam em prol das comunidades.

Em outras ocasiões, por conta da presença e da pressão popular, projetos polêmicos como este foram retirados ou rejeitados.